segunda-feira, 18 de março de 2013

Sonhos quebrados



 Isolado , pensamentos torpes que fazia sua cabeça  , quase pirar . O  mundo em sua volta girava de forma frenética , alucinante . A correria do dia-a -dia fazia com que Marcos empurrasse a vida com a barriga .
 Um rotina massante , entediante  trabalho-casa , casa-trabalho  rotineiramente segunda a sexta . Sábado e domingo podia se encontrar ,
conversava consigo mesmo , perguntava :
- Marcos onde você está ? onde foram param seus sonho ?
Pergunta simples porém sem resposta . Sem saber onde estava , sem entender o que aconteceu 27 anos de idade que no tempo se perdeu .
  Trabalhava para viver , vivia para trabalhar um trabalho que mantinha apenas para se sustentar .
 Na infância outrora feliz , com sonhos mil , um promissor escultor um artista que o tempo se incumbiu de anular , e como uma fuga se  escondeu por de traz de um trabalho burocrático , um consultor de imóveis .
 A cada imóvel vendido , quanto maior era o valor , mas o afastava do sonho de ser um renomado escultor .
 No pequeno apartamento tudo fazia lembrar , o que almejava ser , se perdeu em algum lugar .
 Próximo a sua cama uma linda armação , um abajur de argila sua última criação , iluminava o quarto escurecido pelos sonhos sem brilho .
 Uma certa manhã ao olhar suas obras paradas sem ninguém para admirar , a revolta surgiu em seu coração começou a quebrar suas obras uma a uma , porém quando pegou sua abajur para lança-lo ao chão , seus músculos paralisaram . Com uma peça de quase dez quilos nos braços , os músculos paralisados apenas suas pálpebras pareciam funcionar , pois as lágrimas brotavam involuntariamente .
 Com olhar fixo , quase terno ele admirou a própria arte , caiu em si olhou em sua volta viu suas esculturas suas obras seus sonhos , quebrados espalhados pelo chão .
 Volta a si , calmamente coloca o abajur sobre a cama , e se deita  rende-se as lágrimas ...
 Cobriu seu rosto como lençol , aquela manhã não foi trabalhar .
 Aquele foi o primeiro início é o fim , o fim dos planos adiados  , o início

da vivência de um sonho , que não teria um fim .

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